Mensagens da Terra: Confira tudo que aconteceu na rede dos Pontos de Cultura Indígena do Nordeste em Junho de 2017

A partir de agora iremos postar mensalmente algumas informações trocadas no grupo do whatsapp PCI rede transcultural, criado com objetivo de ser uma comunidade colaborativa de aprendizagem, reunindo integrantes dos 8 Pontos de Cultura Indígena do Nordeste.

Diariamente são postadas notícias sobre o andamento das atividades em cada Ponto, o dia a dia dentro das comunidades, a cultura vivenciada em cada pequeno detalhe do cotidiano das aldeias, histórias dos anciões, o brincar das crianças e a luta indígena pela reivindicação de seus direitos e território.

Seguem agora algumas imagens e mensagens compartilhadas no mês de Junho de 2017, mês de uma das principais festas do Nordeste, o São João, e teve até forró dentro das aldeias…

Pataxó Hahahãe

Teve ação com as crianças e comunidade

Tia Mayá, Pataxó Hahahãe, narrando a história da agricultura no povo Pataxó Hahahãe. Contando a importância de preservar essa cultura milenar. Encontro Celebrando a Semente pela associação AHIAV. Viva a agricultura, viva Hahahãe (Relato por Fabrício Titiah)

Teve forró no São João também…

Pataxó Cumuruxatiba

A cacique Maria D’Ajuda em uma de suas reuniões em prol do bem de sua comunidade, dessa vez para trabalhar reflorestamento.

Relato de Maria D’Ajuda no mês de Junho:

“Estamos na luta esse mês. A luta foi muito forte, ocupamos a pista por duas vezes para resolver a nossa educação, o pagamento dos motoristas e também sobre nossa saúde. Os carros (para transporte escolar) não estão suprindo as necessidades das comunidades, apenas 1 carro para 14 aldeias. Ontemos tivemos com o ministério público em Teixeira de Freitas”.

Kariri Xocó

Teve festa em Kariri Xocó, viva São João!

Diariamente são postadas muitas mensagens nos grupos da rede dos Pontos de Cultura Indígena do Nordeste. Essa postagem é uma maneira de deixar registrado e compartilhar com o mundo algumas informações a respeito do andamento das atividades em cada ponto, do dia a dia das aldeias e da cultura indígena.

Awêre.

REDE INDÍGENA SOLIDÁRIA DE ARTE E DE ARTESANATO ABRE SUAS PORTAS “VIRTUAIS” NO DIA DA ÁRVORE

Indígenas se reúnem em rede por uma economia que promova o sustento financeiro, cultural e ambiental de suas comunidades 
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Em celebração ao dia da árvore (comemorada no dia 21 de setembro), fonte de matéria prima, alimento, moradia, remédios, entre tantas outras utilidade para os indígenas, a RISADA  Rede Indígena Solidária de Arte e de Artesanato   lança seu novo portal (http://www.risada.org), com foco no comercio justo e solidário, com responsabilidade perante a vida, ao meio ambiente, com carinho pela nossa Mãe Terra.
 
Pensando que os benefícios do comércio devem ser não só econômicos mas também ampliados para a comunidade global e para o planeta, de forma a promover a coesão social, paz e preservação ambiental, indígenas de oito comunidades do Nordeste: Kariri-Xocó (AL), Pankararu (PE), Tupinambá de Olivença (BA), Pataxó Hãhãhãe (BA), Pataxó Barra Velha (BA), Pataxó de Cumuruxatiba (BA), Karapotó Plaki-ô (AL) e Xokó (SE) participam da Rede.
“Somos um grupo de indígenas, alguns de nós artesãos e ou artistas; todos nós preocupados com o Meio Ambiente, todos nós preocupados com nossas culturas, com a preservação de nossas matas e de nossas tradições, com as artes e conhecimentos tradicionais de nossos povos. Alguns de nós artesãos digitais, que apropriados das tecnologias de Informação e comunicação registramos com fotos e vídeos nossa realidade e usamos a internet para proteger nossa natureza e para dar condições de vida digna aos artesãos de nossas comunidades”.
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A proposta do grupo é ser uma alternativa ao princípio de acumulação infinita do capitalismo e à degradação ambiental que ele traz. O comércio é uma fonte de renda real e importante para as comunidades indígenas, mas que ainda se encontra injustamente remunerada e compreendida como prática cultural e social, representando a história indígena. O sistema de formulação do preço das peças é baseado nos conceitos do ganha-ganha, onde as necessidades de todos os envolvidos são supridas.
A rede
Desde 2007 que o grupo se reúne no intuito de discutir com regularidade alternativas de estabelecerem a venda de seu artesanato por meio do comercio justo e solidário. Essas discussões culminaram, em 2009, com a elaboração da R.IS.A.D.A: www.risada.org. O projeto se concretizou como uma experiência piloto, em maio de 2011, com apoio da Caixa Econômica Federal. Somado a esse recurso foram alocados recursos do Pontão de Cultura Viva Esperança da Terra, parceria Thydewa-MinC, e foram realizados 04 Encontros para criação da rede R.IS.A.D.A.
Os indígenas tem apontado a vida em rede de Economia Solidária como um caminho para sair do atual estado de miséria no qual se encontram e passar a ter uma vida digna. Tanto os próprios participantes envolvidos na rede quanto a Thydêwá, acreditam que a R.I.S.A.D.A. pode promover melhorias para as comunidades indígenas envolvidas, e, logo, para outras também.
Desde 2015 a RISADA vem recebendo o apoio da Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda do governo da Bahia (SETRE-BA) e continua contando com os apoios do Ministério da Cultura e da Caixa Economia Federal. Nesta nova fase; com mais indígenas participando; a rede já realizou 3 encontros.
 
Serviço
O que: Lançamento do site da Rede Indígena Solidária de Arte e de Artesanatos
Onde: Internet
Quando: 21 de setembro, dia da árvore
Contato: Luciane Locatelli (lulocatelli81@gmail.com) ou Sebastian Gerlic (sebastian@thydewa.org)
Telefone: (73) 3269-1970
Mais imagens em: http://risada.org