RELEASE: ADOLESCENTES INDÍGENAS SE REÚNEM PELOS SEUS DIREITOS

Com a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, a ONG Thydêwá capacita adolescentes indígenas.

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Vinte adolescentes indígenas se reunirão entre os dias 1 e 5 de abril, em Olivença-BA, para participar de uma formação proposta pelo projeto Adolescentes Indígenas: Expressão Cidadã. Este projeto conta com o apoio do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, e a realização pela ONG Thydewa, e foi desenhado para promover ações com protagonismo de adolescentes indígenas que visam melhorias para as comunidades participantes: Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

Este encontro é o segundo da série de seis cujo objetivo é formar 100 adolescentes indígenas, conhecedores de seus direitos e dos mecanismos para melhor aceder aos mesmos. Durante os dias de encontro, os jovens discutem sobre como está a atual situação de suas aldeias e como que juntos podem buscar resoluções para os problemas levantados. Debates sobre Direitos Indígenas, Direitos à informação, Liberdade de expressão, entre outros, estarão presentes para fundamentar as discussões.

É urgente facilitar o acesso a políticas públicas dentro de áreas remotas, como é o caso da maioria dessas comunidades. Empoderados através das oficinas, os jovens irão socializar as aprendizagens dentro das comunidades, formando grupos locais para mobilização de ações em prol da transformação social de suas aldeias. Desta forma espera-se alcançar mais de 8.000 adolescentes indígenas, fortalecendo o protagonismo e buscando participação na construção das políticas públicas.

“Os jovens participantes do 1º encontro voltaram para as suas comunidades empoderados e com vontade de agir. A maior parte deles já postou matérias sobre a realidade de suas comunidades no portal Índios Online, fortalecendo o etnojornalismo, e inclusive duas jovens já tiveram a iniciativa de escrever uma carta para o prefeito da cidade onde a comunidade está, solicitando que o problema do lixo dentro de sua aldeia seja resolvido. Os jovens estão com sede de mudanças e tem força para isso, basta apoiar”, informou Fernanda Martins, uma das coordenadoras do projeto. Segundo Sebastian Gerlic, coordenador geral do projeto, uma sociedade que inclui a voz dos jovens tem mais possibilidade de prosperar.

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos, tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

Serviço
O que: 2º encontro de adolescentes indígenas
Onde: Sede da ong THYDÊWÁ – Rua Marechal Castelo Branco, no 204, Olivença/Ilhéus/Bahia.
Quando: 1 a 5 de abril de 2016
Contato: Fernanda Martins (fernanda@thydewa.org) ou Sebastian Gerlic (sebastian@thydewa.org)

ADOLESCENTES INDÍGENAS SE REÚNEM PELOS SEUS DIREITOS

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Vinte adolescentes indígenas se reunirão entre os dias 1 e 5 de abril, em Olivença-BA, para participar de uma formação proposta pelo projeto Adolescentes Indígenas: Expressão Cidadã. Este projeto conta com o apoio do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, e a realização pela ONG Thydewa, e foi desenhado para promover ações com protagonismo de adolescentes indígenas que visam melhorias para as comunidades participantes: Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

Este encontro é o segundo da série de seis cujo objetivo é formar 100 adolescentes indígenas, conhecedores de seus direitos e dos mecanismos para melhor aceder aos mesmos. Durante os dias de encontro, os jovens discutem sobre como está a atual situação de suas aldeias e como que juntos podem buscar resoluções para os problemas levantados. Debates sobre Direitos Indígenas, Direitos à informação, Liberdade de expressão, entre outros, estarão presentes para fundamentar as discussões.

É urgente facilitar o acesso a políticas públicas dentro de áreas remotas, como é o caso da maioria dessas comunidades. Empoderados através das oficinas, os jovens irão socializar as aprendizagens dentro das comunidades, formando grupos locais para mobilização de ações em prol da transformação social de suas aldeias. Desta forma espera-se alcançar mais de 8.000 adolescentes indígenas, fortalecendo o protagonismo e buscando participação na construção das políticas públicas.

“Os jovens participantes do 1º encontro voltaram para as suas comunidades empoderados e com vontade de agir. A maior parte deles já postou matérias sobre a realidade de suas comunidades no portal Índios Online, fortalecendo o etnojornalismo, e inclusive duas jovens já tiveram a iniciativa de escrever uma carta para o prefeito da cidade onde a comunidade está, solicitando que o problema do lixo dentro de sua aldeia seja resolvido. Os jovens estão com sede de mudanças e tem força para isso, basta apoiar”, informou Fernanda Martins, uma das coordenadoras do projeto. Segundo Sebastian Gerlic, coordenador geral do projeto, uma sociedade que inclui a voz dos jovens tem mais possibilidade de prosperar.

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos, tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

Serviço
O que: 2º encontro de adolescentes indígenas
Onde: Sede da ong THYDÊWÁ – Rua Marechal Castelo Branco, no 204, Olivença/Ilhéus/Bahia.
Quando: 1 a 5 de abril de 2016
Contato: Fernanda Martins (fernanda@thydewa.org) ou Sebastian Gerlic (sebastian@thydewa.org)

I Dia do Encontro de Jovens Indígenas: juntos criando livros digitais

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Dezesseis jovens não sabiam muito bem o que aguardavam eles quando se encontraram hoje, às 8h da sede da Thydêwá. Construir um coletivo é sempre algo surpreendente. Não se sabe no que resulta quando pessoas se reúnem com suas peculiaridades para criar. A ideia é que no final de um ano tenhamos dois livros digitais e uma produtora colaborativa. Como vamos construir isso? Juntos descobriremos.

O dia iniciou com um ritual indígena – cantos e maracás, pedido às bençãos de Tupã para o encontro e para todos os parentes. Uma roda de aprensentações, para cada um falar um pouquinho sobre si mesmo, de onde veio, de sua tribo. Dan Baron, arte educador, dá seguimento – propõe dedicarmos esses dias à troca, formação e produção.

A ideia para os próximos dias é compreender através de práticas corporais a beleza, a diversidade e o valor de cada um. Fazemos duplas, fazemos grupos. Começamos com uma dança. Abrindo o coração, agradecendo ao sol, arando a terra, plantando a semente. Colhendo e compartilhando com o próximo. Formamos um losango, ou uma pipa como foi chamado carinhosamente, e ela gira e cada instante um do grupo está na liderança. A música toca o tambor. Todos se mexem e todos sorriem. Quase todos transpiram na Oca Aberta, sob teto de piaçava, com o pé descalço na terra escura.

Antes do almoço fazemos estátuas. O tema? “Qual o direito humano você quer que seja respeitado aqui neste espaço, neste encontro?” União, liberdade, solidariedade, direito de interagir, de ficar em silêncio, de ajudar e ser ajudado, de atender às necessidades físicas, à compreensão – falar e escutar.

“Estamos perdendo aqui 514 anos de vergonha. Diante da força maior das armas, tivemos que baixar os olhos. A timidez é a força da resistência quando não se pode vencer. É uma inteligência naquele momento. Agora, podemos nos livrar dessa vergonha e resgatar nossa força”, reflete Dan sobre os sorrisos da alegria que vão surgindo com a dança.

Saimos para o almoço com a missão de fazer fotos e sons. À tarde, a brincadeira é com as imagens. Mas é uma brincadeira séria – imagens que registram dor, exploração, resistência, luta. Mulheres banham-se no Rio Tocatins, que está sendo afetado pela barragem Belo Monte, e em breve não estará mais lá como está. “Se nós não lutarmos hoje, o amanhã já estará perdido”, observa Waldirlan Pataxó. Fica a mensagem para pensar.

À noite, ao redor da fogueira, cantamos mais algumas canções para abençoar os dias que virão e formamos uma roda de contação de histórias multiétnicas, misturando gerações, vendo com graça e beleza surgir a união das forças dos jovens antenados com os anciões guardiões das memórias tradicionais.

* O projeto tem o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO. A inciativa conta também com o apoiodo PONTÃO ESPERANÇA DA TERRA e com a Rede de Pontos Indígenas do Nordeste, ambos projetos da Thydêwá em parceria com a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

 

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