Transformar sonhos em realidade – segunda parte do II Encontro de Jovens Indígenas

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No 3o. e 4o dia de PRODUÇÕES COLABORATIVAS no II Encontro de Jovens Indígenas do Nordeste, os jovens partiram para colocar a mão na massa. Alguns sonhos foram escolhidos, a partir dos apresentados nos primeiros dois dias, para que fossem realizados pelo coletivo presente. Essa e todas as dinâmicas realizadas durante o Encontro visam que o grupo se FORTALEÇA COMO PRODUTORA COLABORATIVA DE EMPREENDIMENTOS ELETRÔNICOS; produtora ésta que já tem pactuado como seus dois primeiros produtos para lançar a sociedade 02 EBOOKS indígenas.

Enquanto os EBOOKS são produzidos por alguns dos jovens em micro Oficinas com profissionais… O grande grupo continua a despertar seus talentos e alinhar os princípios fundantes do EMPREENDIMENTO CRIATIVO enquanto “empresa”.

As pessoas envolvidas estudam o tema das empresas sociais, onde os envolvidos recebem renda justa, as produções são sempre incentivadas, a empresa cria sustentabilidade, autonomia…. onde se considerá principalmente o lucro social e não só o lucro financeiro individual.

O grupo  estuda também o mercado dos EBOOKs, especialmente nos formatos que estão tendo mais êxito nos últimos anos como é o caso do e-PUB3 onde os EBOOKS são muito mais do que a digitalização de livros que foram ou poderiam ter sido impressos em papel; mas livros que promovem a interatividade com o leitor por poderem conter também neles, algum áudio e ou musica;  foto, animação e ou vídeo, ebooks que tem uma possibilidade de hipertextualidade dinâmica. O grupo está avaliando as tendencias do mercado onde muitos destes novos tipos de ebooks parecem atrair muito o público jovem.

 O projeto conta com o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (FIDC) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO e com a parceria do Ministério da Cultura; assim a ONG Thydêwá promove aos indígenas não simplesmente focar  nas tradições indígenas mas partindo delas ir muito alem. Os indígenas participantes estão antenados no seculo XXI; apropriando-se das novas Tecnologias Digitais; produzindo com elas;  atualizando suas formas de Expressão; renovando linguajes. Os indígenas com protagonismo e autonomia não contrapõem o mundo digital aos valores tradicionais; muito pelo contrario se valem do digital, da ousadia do atual, das inovações tecnológicas, bebendo dos diálogos transculturais e seus infinitos remixes para criar; sempre conscientes que toda cultura é dinâmica. O projeto está fortalecendo as capacidade dos indigenas enquanto empreendedores culturais, que se aliam inter-étnica e alquimicamente desenhando sua própria “produtora colaborativa” conhecedora dos novos modelos de ” negócios”  e das industrias culturais.

Entre os sonhos trazidos, e como forma de praticar a produção colaborativa em forma rápida; o grande grupo experimentou organizar e produzir um CD multiétnico de canções indígenas, incluindo alem das musicas de raiz duas composições atuais, uma em ritmo de reggae. Para brincar de conhecer linguajes modernas, alguns dos jovens investiram umas horas em experimentar a linguagem do videoclipe sobre esse reggae indígena… Alguns jovens mais voltados a entender a composição visual e programas de manipulação de imagens e texto brincaram durante umas horas e fizeram um cartaz para a XIV Caminhada Tupinambá em Memória dos Mártires do rio Cururupe. Durante esses dois dias, o grupo grande formou equipes que se dedicaram a produzir de diversas formas: gravando, editando áudio e vídeo, pesquisando, fazendo produção gráfica… Diversas experiencias de APRENDER FAZENDO.

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Algumas produções foram feitas por todo o coletivo, como a gravação dos cantos. Outras foram feitas pelos grupos formados, de acordo com a afinidade e sonhos de cada jovem.

A ideia é vivenciar na prática a criatividade e o talento de cada um e de todos juntos, e assim tornar sonhos realidade.

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II Encontro de Jovens Indígenas – Sonhos Coletivos

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Jovens de 08 comunidades do Nordeste se reuniram na Oca Aberta, na sede da ONG Thydêwá, no território Tupinambá de Olivença (Ilhéus-BA), para iniciar o II Encontro de Jovens Indígenas do Nordeste. O Encontro tem como foco desenvolver talentos para que, juntos, os jovens possam criar uma produtora colaborativa (Startup) até o final deste ano de 2014 e lançar 02 ebooks indígenas no inicio de 2015.

No dia 20 de Julho, mais de 20 indígenas, homens e mulheres, de diferentes idades e de várias etnias fizeram um fogo, foram na mata e foram no mar, fizeram um ritual e vários preparativos para o Encontro que se iniciava e em especial para a chegada de alguns indígenas novos que estavam se somando ao grupo. Foi um dia de harmonizar a construção colaborativa da pauta que oficialmente se abriria ao dia seguinte em caráter de OFICINA DA PRODUÇÃO COLABORATIVA.

Nos dias 21 e 22;  nos dois primeiros dias de OFICINAS o desafio foi descobrir e revelar os sonhos de todos os participantes. Sonhos para a vida e sonhos de expressão realizáveis em muito curto prazo. Sonho individuais e coletivos. Sonhos individuais que partilhados com o coletivo, deixariam de ser individuais para serem grupais e em poucos dias se transformariam em realidade.

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Nos próximos dias a missão foi plantada em concretizar alguns desses sonhos com o apoio e criação da inteligência coletiva do grupo; como uma forma de formação em produção colaborativa multiformatos e multilinguagens.

Todos os Sonhos vieram alimentando e fortalecendo a PRODUTORA COLABORATIVA DE EMPREENDIMENTOS ELETRÔNICOS que o grupo esta construindo; produtora que nasce incubada na Pontão ESPERANÇA DA TERRA, a partir de uma OCA Aberta; com o apoio de uma OCA Digital… No coração do território Tupinambá de Olivença, em um momento especial de conflitos e de muita injustiça e violência.

A PRODUTORA continua fortalecendo seu pacto e produzindo 02 EBOOKS indígenas para lançar a público ao EMPREENDIMENTO CRIATIVO.

 O projeto conta com o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (FIDC) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO e com a parceria do Ministério da Cultura; assim a ONG Thydêwá promove aos indígenas a apropriação das novas Tecnologias Digitais; produzindo com elas;  atualizando suas formas de Expressão; renovando linguajes; ao mesmo tempo que está fortalecendo as capacidade dos indígenas enquanto empreendedores culturais, que se aliam inter-étnica e alquimicamente desenhando sua própria PRODUTORA CULTURAL e DIGITAL.

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Jovens Indígenas de Diferentes Comunidades do Nordeste se Reúnem para Descobrir Talentos em Comum

Descobrir sonhos compartilhados será objetivo deste 2o Encontro

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Dezesseis jovens indígenas de 08 comunidades do Nordeste (Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá, Pankararu, Xokó, Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô) se reunirão entre os dias 20 e 24 de julho para discutir de que forma os sonhos e as potencialidades de cada comunidade podem convergir em um trabalho comum.

 

Este é o segundo Encontro do projeto “Livros Digitais Indígenas”, de autoria da Thydêwá, com o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO.

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Entre os objetivos do projeto está a produção de dois livros digitais indígenas e a criação de uma produtora colaborativa (startup) que possibilite às comunidades realizar empreendimentos de Economia Criativa e Solidária de autoria dos jovens indígenas. O projeto integra as ações da Rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste – Mensagens da Terra, que teve suas atividades iniciadas em março de 2014, contando com a parceria do Ministério da Cultura.

 

Ao total serão três encontros presenciais de 40 horas que, aliado ao trabalho a distância nas comunidades, ao fim de um ano levarão à publicação de dois livros digitais em Português, Francês, Inglês e Espanhol e que contarão com alguns conteúdos à disposição gratuitamente. Os 02 livros digitais estarão disponíveis à venda nas principais lojas do comercio eletrônico editorial.

 

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Para Fernanda Martins, uma das coordenadoras do projeto, o objetivo é encontrar de que forma os sonhos individuais de cada participante podem servir para a melhoria de suas próprias comunidades. “A intenção é que eles aprendam a valorizar aquilo que sabem e gostam de fazer, e utilizem suas próprias potencialidades em benefício de seus povos”, comenta.

 

“Estamos ansiosos para sentir as expressões artísticas dos indígenas envolvidos no projeto. Esperamos encerrar este encontro com acordos de como produzir colaborativa na alquimia de todos os participantes”, finaliza Sebastian Gerlic, presidente da Thydêwá.

 

Serviço:
O quê: II Encontro do projeto “Livros Digitais Indígenas”.
Quem: ONG Thydêwá, com o apoio da UNESCO, e a parceria do Ministério da Cultura.

Quando: 20 a 24 de julho de 2014.

Onde: Sede do Pontão Esperança da Terra (Thydêwá), em Olivença, Ilhéus (BA).

Sugestões de fonte: fernanda@thydewa.org – Fernanda Martins (jornalista coordenadora do Projeto), sebastian@thydewa.org – Sebastián Gerlic (presidente da Thydêwá).

 

 

 

Rituais, retratos pintados e filme encerram o Encontro Pelas Mulheres Indígenas em clima de confraternização

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A quinta-feira e último dia do Encontro Pelas Mulheres Indígenas foi iniciada com um ritual de encerramento em volta do fogo. As mulheres aproveitaram para cantar seus torés, porancys e toantes. No final da manhã recebemos a visita de Rita de Souza, Coordenadora Executiva da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres. No período da tarde, todas assistiram ao filme A Encantadora de Baleias e a tarde foi encerrada com retratos pintados, uma oficina onde cada uma desenhou sobre sua própria foto.

Na quarta-feira, a parte da manhã foi reservada para discutir os temas que serão inseridos no livro feito só pelas mulheres indígenas. O período da tarde foi destinado para aprender a utilizar o blogue Pelas Mulheres Indígenas e a Comunidade Colaborativa de Aprendizagem.

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Confira como foi o segundo e o terceiro dia de Encontro Pelas Mulheres Indígenas

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Texto, machismo e tecnologia são temas do segundo dia

A primeira parte do dia foi dedicada ao livro que as mulheres irão produzir em colaboração, seguido de oficina de texto. “Três folhas vai ser pouco para contar a história do seu povo sobre a ótica feminina”, afirmou Marciléa Melo Alves, condutora da oficina. Logo após o machismo presente no do dia a dia foi debatido entre as mulheres. A tarde foi reservada para o uso do tablet e satisfação de dúvidas.

 

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Termo de compromisso, fotografia e compartilhamento na web foram discutidos no terceiro dia 

O terceiro dia começou com a firmação de um termo de compromisso entre as mulheres, para que o projeto possa estar fundamentado em um acordo construído colaborativamente entre todas as envolvidas. Ainda pela manhã, as mulheres indígenas vivenciaram uma oficina de fotografia e refletiram sobre quais registros podem fazer em suas comunidades. No período da tarde, a tecnologia foi retomada e elas puderam vivenciar mais funções de seus próprios tablets.

Confira como foi o 1o dia do Encontro Pelas Mulheres Indígenas

“O projeto tem como objetivo fortalecer cada vez mais a voz da mulher”

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Este domingo (6) foi marcado pelo reencontro das 16 mulheres participantes do projeto Pelas Mulheres Indígenas. O encontro faz parte da Rede Pelas Mulheres Indígenas (http://www.mulheresindigenas.org), iniciada em março deste ano, e que ganha força pela união de 08 comunidades do Nordeste – Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

A manhã foi iniciada com um ritual indígena que misturou um pouco de cada cultura e seguiu dando boas vindas para as novas integrantes do grupo. Para o primeiro dia, os objetivos do projeto foram retomados, assim como os desafios encontrados na atuação de cada mulher dentro de suas comunidades. Pela parte da tarde, as integrantes tiveram a oportunidade de apresentar os conteúdos que foram produzidos durante esses 4 meses e meio de projeto e é possível ter acesso pelo nosso blogue http://www.mulheresindigenas.org/blogue.

O Encontro segue até quinta-feira (10).

 

MULHERES INDÍGENAS SE REÚNEM PARA DEBATER A REALIDADE DA MULHER INDÍGENA NO BRASIL

São 444 mil mulheres indígenas no minimo invisibilizadas pela sociedade

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Dezesseis mulheres de oito comunidades indígenas do Nordeste se reunirão entre os dias 6 e 10 de julho para debater a realidade da mulher indígena nos dias atuais. Ao total, são 444 mil mulheres indígenas no Brasil sofrendo diariamente pela falta de território e cidadania, além de abuso de poder e violência, chegando inclusive a ter que negar sua própria identidade para driblar a discriminação e exclusão.

O encontro faz parte da Rede Pelas Mulheres Indígenas (http://www.mulheresindigenas.org), iniciada em março deste ano, e que ganha força pela união de 08 comunidades do Nordeste – Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

Após 4 meses e meio de projeto, este já é o segundo encontro organizado pela rede e ocorre na sede da ONG Thydêwá, em Olivença, Ilhéus (BA).

“Durante este quatro meses, as mulheres atuaram iniciando grupos de debates sobre os direitos das mulheres em suas aldeias, e produzindo etnojornalismo para mostrar como é a realidade da mulher indígena hoje no Brasil. A ideia agora é fortalecer ainda mais os laços interétnicos entre as integrantes da Rede, lançar mais consciência sobre os direitos das mulheres em nossa sociedade e sobre exclusão que sofremos e, ao mesmo tempo, continuar empoderando estas mulheres como transformadoras de sua realidade”, afirmou Joana Brandão, coordenadora do Pelas Mulheres Indígenas.

Além dos encontros presenciais, o projeto também se desdobra em uma plataforma online que reúne conteúdos desenvolvidos pelas mulheres das 08 comunidades. Navegando no site, o usuário entra em contato com a realidade de mulheres em suas aldeias, que revelam através de seu cotidiano a realidade indígena do país. As histórias são contadas com textos, vídeos e fotografias produzidos pelas próprias indígenas.

Temas como educação, saúde, violência, autonomia financeira, e luta pela terra, são tratados sob a ótica da mulher, como mostra o trecho do perfil de Lindinalva (62), contado por Wilma Karapotó-Plaki-ô: “Na retomada das terras Karapotó–Plaki-ô tivemos que ir para a pista (estrada), foi um sofrimento. Éramos ameaçados de morte, mas tivemos que enfrentar porque as terras eram nossas, enfrentamos mesmo sabendo que eu, meus filhos e todos os índios que estavam ali corríamos risco de morte. Ficamos acampados na beira da BR 101, preocupados com os antigos posseiros e com medo de acontecer algum acidente com meus filhos por causa da pista. Finalmente quando conseguimos retomar nossas terras eu vivi em paz com meus filhos e meu marido. Hoje posso dizer que sou uma mulher batalhadora, guerreira e vencedora, vendo a minha família crescer cada dia mais”. Acompanhe outras histórias em nosso blogue (http://www.mulheresindigenas.org/blogue).

O projeto Pelas Mulheres Indígenas conta com o apoio da Secretaria de Politicas Públicas para Mulheres do Estado da Bahia, da Secretaria de Politicas Públicas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, e é desenvolvido pela ONG Thydêwá.

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos, tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org Brasil – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

Serviço:
O quê: MULHERES INDÍGENAS SE REÚNEM PARA DEBATER A REALIDADE DA MULHER INDÍGENA NO BRASIL
Mais informações: http://www.mulheresindigenas.org, joana@thydewa.org, fernanda@thydewa.org
Contatos para entrevistas: Joana Brandão (73) 9163 2839
Fotos: Veja mais fotos e vídeos em nosso site http://www.mulheresindigenas.org