Arco Digital

Estes livros foram e são utilizados dentro das próprias aldeias indígenas participantes, bem como também são trabalhados dentro das escolas dos não-indígenas,  além  de ser gratuitamente divulgados para o público em geral.

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Dia do Índio e da Índia: MULHERES INDÍGENAS NA REDE POR DIREITOS

REDE SOCIAL INTERÉTNICA CONVIDA AS PESSOAS A LUTAREM PELOS DIREITOS DAS MULHERES INDÍGENAS

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Vinte mulheres abrem para o mundo uma rede focada nos direitos das mulheres indígenas. A rede Pelas Mulheres Indígenas (http://www.mulheresindigenas.org) reúne conteúdos desenvolvidos por mulheres indígenas e ganha força pela união de 08 comunidades do Nordeste – Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

 

A população indígena no Brasil é de aproximadamente 1 milhão de pessoas, segundo IBGE, sendo a parcela mais pobre da sociedade e mais discriminada. Porém, quem sofre mais discriminação ainda são as 444 mil mulheres indígenas, que além de sofrerem pela falta de território e cidadania, sofrem também abuso de poder e violência.

 

“Nós só somos lembrados no Dia do índio em que as escolas pintam as crianças de índio norte-americano, colocam aquela pena na cabeça, ou cantam até a música da Xuxa. Nós existimos, nós estamos presentes nessa sociedade, e queremos ser lembrados e respeitados sempre, como cidadãs brasileiras que somos”, disse a diretora executiva Potyra Tê Tupinambá.

 

A comunidade online lançada nesta semana representa uma rede iniciada em março deste ano e faz parte do projeto Pelas Mulheres Indígenas, patrocinado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência República e desenvolvido pela ONG Thydêwá.

 

Navegando no site, o usuário entra em contato com a realidade de mulheres em suas aldeias, que revelam através de sua cultura e de seu passado a história de 514 anos de Brasil. As histórias são contadas com textos, vídeos e fotografias produzidos pelas próprias indígenas.

 

“A rede ajuda a divulgar mais a luta das mulheres indígenas, as dificuldades, a realidade que cada mulher indígena passa. A realidade é diferente do que as pessoas falam. Falam que a mulher indígena é preguiçosa, mas nós somos iguais a qualquer outra mulher, e somos guerreiras”, disse Gessy Tupinambá.

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GessyTupinamba
“Nós somos iguais a qualquer outra mulher, e somos guerreiras” – Gessy Tupinambá

Com o apoio dos Pontos de Cultura Indígenas do Nordeste, do programa Mensagens da Terra, as mulheres recebem suporte para conexão de internet e para o uso de equipamentos, já que grande parte das aldeias estão em lugares afastados e possuem dificuldade de acesso à tecnologia. O Programa Mensagens da Terra, também de autoria da ONG Thydêwá, conta com o apoio do Ministério da Cultura.

 

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org Brasil – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

 

Veja mais reflexões sobre o dia do índio produzida pelos próprios indígenas

Rede Índio Educa: Dia do Índio: Se comemora ou se Indigna? http://www.indioeduca.org/?p=1918

Rede Índios Online sobre o Dia do Índio: http://www.indiosonline.net/?s=%22dia+do+%C3%ADndio%22&x=-1069&y=-38

 

Serviço:

O quê: Rede reúne mulheres indígenas do Nordeste para lutar pelos direitos das mulheres e indígenas

Mais informações: www.mulheresindigenas.org, joana@thydewa.org, fernanda@thydewa.org

Contatos para entrevistas: Potyra Tê Tupinambá (73) 8159-6307, Joana Brandão (73) 9163 2839


Veja nosso canal do Youtube: mulheres@mulheresindigenas.org
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Dia do Índio e da Índia: MULHERES INDÍGENAS NA REDE POR DIREITOS

REDE SOCIAL INTERÉTNICA CONVIDA AS PESSOAS A LUTAREM PELOS DIREITOS DAS MULHERES INDÍGENAS

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Vinte mulheres abrem para o mundo uma rede focada nos direitos das mulheres indígenas. A rede Pelas Mulheres Indígenas (http://www.mulheresindigenas.org) reúne conteúdos desenvolvidos por mulheres indígenas e ganha força pela união de 08 comunidades do Nordeste – Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

A população indígena no Brasil é de aproximadamente 1 milhão de pessoas, segundo IBGE, sendo a parcela mais pobre da sociedade e mais discriminada. Porém, quem sofre mais discriminação ainda são as 444 mil mulheres indígenas, que além de sofrerem pela falta de território e cidadania, sofrem também abuso de poder e violência.

“Nós só somos lembrados no Dia do índio em que as escolas pintam as crianças de índio norte-americano, colocam aquela pena na cabeça, ou cantam até a música da Xuxa. Nós existimos, nós estamos presentes nessa sociedade, e queremos ser lembrados e respeitados sempre, como cidadãs brasileiras que somos”, disse a diretora executiva Potyra Tê Tupinambá.

A comunidade online lançada nesta semana representa uma rede iniciada em março deste ano e faz parte do projeto Pelas Mulheres Indígenas, patrocinado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência República e desenvolvido pela ONG Thydêwá.

Navegando no site, o usuário entra em contato com a realidade de mulheres em suas aldeias, que revelam através de sua cultura e de seu passado a história de 514 anos de Brasil. As histórias são contadas com textos, vídeos e fotografias produzidos pelas próprias indígenas.

“A rede ajuda a divulgar mais a luta das mulheres indígenas, as dificuldades, a realidade que cada mulher indígena passa. A realidade é diferente do que as pessoas falam. Falam que a mulher indígena é preguiçosa, mas nós somos iguais a qualquer outra mulher, e somos guerreiras”, disse Gessy Tupinambá.

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GessyTupinamba
“Nós somos iguais a qualquer outra mulher, e somos guerreiras”, diz Gessy Tupinambá.

 

Com o apoio dos Pontos de Cultura Indígenas do Nordeste, do programa Mensagens da Terra, as mulheres recebem suporte para conexão de internet e para o uso de equipamentos, já que grande parte das aldeias estão em lugares afastados e possuem dificuldade de acesso à tecnologia. O Programa Mensagens da Terra, também de autoria da ONG Thydêwá, conta com o apoio do Ministério da Cultura.

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org Brasil – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

Veja mais reflexões sobre o dia do índio produzida pelos próprios indígenas

Rede Índio Educa: Dia do Índio: Se comemora ou se Indigna? http://www.indioeduca.org/?p=1918

Rede Índios Online sobre o Dia do Índio: http://www.indiosonline.net/?s=%22dia+do+%C3%ADndio%22&x=-1069&y=-38

 Veja nosso canal do Youtube: mulheres@mulheresindigenas.org[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

“Eu sou…” IV Dia do Encontro de Jovens Indígenas

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Os trechos dos poemas a seguir foram escritos pelos jovens indígenas durante o IV Dia do Encontro de Livros Digitais Indígenas. Cada jovem deveria pensar como se fosse um objeto e um animal de sua preferência, além de se visualizar como o Maracá e o Arco, símbolos da cultura indígena. Selecionamos alguns trechos e optamos por não colocar os nomes dos autores para preservação de suas as identidades.

“Em forma de poema queremos nos expressar, falando de uma novidade sobre o eclipse lunar”

“Eu sou o livro esquecido na gaveta esperando sua atenção, as tuas mãos e os teus olhos concentrados para te ajudar nos momentos difíceis e te fazer viajar por caminhos desconhecidos”

“Eu sou a terra que suporta seus passos”

“Quando o sol brilhar e os raio solares emitirem sobre a terra, atrás de você eu estarei e terei a cor que encantará todos os habitantes terrestres. Juntas seremos o fenômeno ‘eclipse’ que é tão aguardado pelos amantes da astronomia e os olhos curiosos se encherão de alegria”

“Eu sou o arco. Meu objetivo? Ter uma enorme força para que a flecha, minha grande companheira, alcance o seu alvo. Somos o sol e a lua. Cada um de nós temos uma função, e quando nos unimos adquirimos um poder como um eclipse”

“Eu sou a marca do meu povo, da nossa luta e do meu coração”

“Eu sou o maracá que dou som para os rituais das pessoas que mais precisa estarei aqui para sempre… Eu sou o rio que acolho todos os meus filhos por igual seja ele quem for”

“A tua sombra se refletirá sobre mim colorindo de vermelho a minha cor. Deixando refletir um mundo de tanta dor… A cor em mim refletida e vermelha como sangue, o sangue que dá vida”.

“Eu sou o computador que simboliza uma lembrança e represento o futuro.

Eu sou o maracá que faz o som de um povo

Eu sou o Rio que matou a sede de uma nação e hoje luta para que a nação não me mate.

Eu sou a terra que te criou, não pertenço a ninguém, todos pertencem a mim.

Eu sou o gavião que voa sobre os céus”

“Eu sou o rio, já vi muitas histórias em meu leito, e até dentro de mim sei de muitos segredos, se eu continuar a existir vou ver mais histórias ainda”

“Eu sou a foto que quando estou triste, você me faz feliz. A única lembrança que meu pai deixou”

“Eu sou o livro que faz você pensar nas coisas boas e ruins, e esses conselhos servirão de aprendizado para o futuro”

“Eu sou o rio que abastece várias vidas desse mundo tão belo”

“Eu sou a cama que te consola todos os dias. Eu sou o rio que te banha todos os dias…Eu sou a terra que te segura firme todos os dias”.

“Eu sou o eclipse, muitos acham que sou um momento de escuridão , mas se você parar para penar estou sendo um encontro que pode ser visto como um encontro de povos”

 

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* O projeto tem o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO. A inciativa conta também com o apoiodo PONTÃO ESPERANÇA DA TERRA e com a Rede de Pontos Indígenas do Nordeste, ambos projetos da Thydêwá em parceria com a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

 

 

 

 

 

 

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III Dia de Encontro com cancões, fotos e filmes

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A manhã do terceiro dia do Encontro foi de atividade livre – conhecer a cidade, as trilhas e cachoeira de Olivença, se conhecer melhor. À tarde foi para criar narrativas – contar a manhã com canções, cantar a manhã. Incentivando a criatividade com descontração e diversão.

Debatemos também interações com outros projetos já existentes na ONG Thydêwá e nas comunidades indígenas e como interagir com os parentes que estão atuando, unindo forças para criar ações que favoreçam mais a comunidade, suas necessidades e sonhos. Afinal, ao fim de um ano, vamos criar uma Start-up pensando nas vontades e potenciais destas comunidades.

O dia terminou com a sessão de filmes documentários sobre ecologia, direitos humanos e indígenas, e vídeos trazidos pelos jovens feitos em suas comunidades. Fizemos uma mostra dos filmes e fotos feitos durante estes primeiros três dias de Encontro, com o intuito de nos ver, nos sentir e solicitando a autorização para o uso de imagem, refletindo sobre o respeito ao direito à imagem de cada jovem presente.

Veja algumas fotos do terceiro dia do encontro de jovens indígenas:

 

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* O projeto tem o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO. A inciativa conta também com o apoiodo PONTÃO ESPERANÇA DA TERRA e com a Rede de Pontos Indígenas do Nordeste, ambos projetos da Thydêwá em parceria com a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

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II Dia do Encontro com Jovens Indígenas em beleza, força e imaginação

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Começamos com um toré animado. Os jovens de diversas etnias à frente, puxando as  músicas, liderando o ritmo, ecoando o coro, mostrando sua forma de viver e sentir a tradição. Todos suam, mas mais uma roda gira, mais uma voz ecoa e outras respondem. Seguimos à frente. Energia, força e beleza são as palavras que abrem a reflexão sobre o primeiro dia do encontro.

Falamos da força juvenil, dos jovens se ajudarem, se contagiarem com a força, com o ânimo para seguir na luta, para viver a tradição, para expressar sua voz. Falamos de trocas – os jovens do Nordeste irem ao Norte para partilhar essa longa história de sobrevivência a uma colonização que começou aqui há 514 anos. Agora ela chega mais intensamente nos povos da Amazônia, com a terceira maior hidrelétrica do mundo – a Belo Monte. O que será dos jovens Xikrin, de Marabá? E das mais 8 civilizações indígenas que serão afetadas, talvez dizimadas, aos poucos, com o empreendimento? Seja pela mudança do habitat, seja pela chegada do estrangeiro, seja pelas doenças. Talvez os jovens do Nordeste pudessem ajudá-los? Partilhar com eles sua força e resistência, seu relato de viverem, já neste presente, o futuro que talvez aguarda esses outros jovens.

“Quando vocês dançam, eu percebo que vocês têm um laço vivo com a terra, com o mar, com o fogo. Que o mundo já perdeu. Eu estou vivo porque eu tenho uma raiz, uma cultura viva”, reflete Dan Baron, arte-educador, sobre as atividades do dia anterior e a força do Toré de hoje.

Começamos movendo o corpo. Alongando, em roda, em grupo, em coletivo. E expressamos nosso maior sonho. Pode ser aquele guardado, aquele que pensamos ser impossível de realizar. E dançamos ele em dois gestos. Surge assim uma coreografia sincrônica e diversa, onde cada um mostra para o outro seu sonho e onde todos dançam juntos o sonho de todos.

A própria intimidade, subjetividade é a fonte para a história. “A dança transforma, tem o poder de criar uma comunidade de confiança”, explica Dan.

Depois do almoço, andamos pela cidade, pela praia, olhando para o chão, para os cantos, para o horizonte com um olhar diferente. Buscamos ali um objeto, algo extraordiário. Todos voltam com algo na mão, mesmo que seja um objeto cotidiano, uma pedra, um recife, uma planta, recebendo um olhar diferente – visto em sua dimensão extraordinária, em sua riqueza.

O encontro da tarde começa com o toque suave, o cuidado, através da massagem. Re-conhecemos e reencontramos o corpo do outro através da massagem. Depois mostramos nossos objetos. “Qual a força invisível que este objeto tem?”

Um pé de uma sandália havaiana de uma criança carrega a força de sustentar uma criança que pisa ali. A semente traz a força da cura e da vida. A pedra, a força do oceano e das ondas que a poliu. E, assim, seguimos usando a imaginação. Todos objetos juntos agora estão no nosso altar. Cada um e todos juntos com seu poder, sua história invisível.

Falamos de um objeto pessoal nosso também, que tenha um valor especial para nós. Mais uma vez surgem história, narrativas falando sobre o invisível, sobre nós mesmos, sobre o que faz parte de nossa vida, com o impulso e a dança da imaginação.

* O projeto tem o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO. A inciativa conta também com o apoiodo PONTÃO ESPERANÇA DA TERRA e com a Rede de Pontos Indígenas do Nordeste, ambos projetos da Thydêwá em parceria com a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

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I Dia do Encontro de Jovens Indígenas: juntos criando livros digitais

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Dezesseis jovens não sabiam muito bem o que aguardavam eles quando se encontraram hoje, às 8h da sede da Thydêwá. Construir um coletivo é sempre algo surpreendente. Não se sabe no que resulta quando pessoas se reúnem com suas peculiaridades para criar. A ideia é que no final de um ano tenhamos dois livros digitais e uma produtora colaborativa. Como vamos construir isso? Juntos descobriremos.

O dia iniciou com um ritual indígena – cantos e maracás, pedido às bençãos de Tupã para o encontro e para todos os parentes. Uma roda de aprensentações, para cada um falar um pouquinho sobre si mesmo, de onde veio, de sua tribo. Dan Baron, arte educador, dá seguimento – propõe dedicarmos esses dias à troca, formação e produção.

A ideia para os próximos dias é compreender através de práticas corporais a beleza, a diversidade e o valor de cada um. Fazemos duplas, fazemos grupos. Começamos com uma dança. Abrindo o coração, agradecendo ao sol, arando a terra, plantando a semente. Colhendo e compartilhando com o próximo. Formamos um losango, ou uma pipa como foi chamado carinhosamente, e ela gira e cada instante um do grupo está na liderança. A música toca o tambor. Todos se mexem e todos sorriem. Quase todos transpiram na Oca Aberta, sob teto de piaçava, com o pé descalço na terra escura.

Antes do almoço fazemos estátuas. O tema? “Qual o direito humano você quer que seja respeitado aqui neste espaço, neste encontro?” União, liberdade, solidariedade, direito de interagir, de ficar em silêncio, de ajudar e ser ajudado, de atender às necessidades físicas, à compreensão – falar e escutar.

“Estamos perdendo aqui 514 anos de vergonha. Diante da força maior das armas, tivemos que baixar os olhos. A timidez é a força da resistência quando não se pode vencer. É uma inteligência naquele momento. Agora, podemos nos livrar dessa vergonha e resgatar nossa força”, reflete Dan sobre os sorrisos da alegria que vão surgindo com a dança.

Saimos para o almoço com a missão de fazer fotos e sons. À tarde, a brincadeira é com as imagens. Mas é uma brincadeira séria – imagens que registram dor, exploração, resistência, luta. Mulheres banham-se no Rio Tocatins, que está sendo afetado pela barragem Belo Monte, e em breve não estará mais lá como está. “Se nós não lutarmos hoje, o amanhã já estará perdido”, observa Waldirlan Pataxó. Fica a mensagem para pensar.

À noite, ao redor da fogueira, cantamos mais algumas canções para abençoar os dias que virão e formamos uma roda de contação de histórias multiétnicas, misturando gerações, vendo com graça e beleza surgir a união das forças dos jovens antenados com os anciões guardiões das memórias tradicionais.

* O projeto tem o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO. A inciativa conta também com o apoiodo PONTÃO ESPERANÇA DA TERRA e com a Rede de Pontos Indígenas do Nordeste, ambos projetos da Thydêwá em parceria com a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.

 

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INDÍGENAS PRODUZEM LIVROS DIGITAIS

Empreendorismo e cultura digital são foco de encontro de jovens indígenas

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Dezesseis jovens indígenas de 08 comunidades do Nordeste se reunirão para aprender a criar e gerir seus próprios negócios criativos. O primeiro empreendimento já escolhido no coletivo é a realização de uma coleção de livros digitais sobre e feito pelos próprios indígenas. 02 e-books serão lançados em quatro línguas e estarão disponíveis à venda nas principais lojas do comercio eletrônico editorial.

O encontro ocorrerá entre os dias 11 e 15 de abril, na sede da ONG Thydêwá, em Olivença, Ilhéus-BA, e faz parte do projeto “Livros Digitais Indígenas”, de autoria da Thydêwá, com o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO.

Este será o primeiro de três encontros presenciais de 40 horas que, aliado ao trabalho a distância nas comunidades, ao fim de um ano levará à publicação dos e-books em Português, Francês, Inglês e Espanhol, que contarão com alguns conteúdos à disposição gratuitamente. O projeto incentivará também outros empreendimentos de Economia Criativa e Solidária de autoria dos jovens indígenas. O projeto integra as ações da Rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste – Mensagens da Terra, que teve suas atividades iniciadas em março de 2014, contando com a parceria do Ministério da Cultura.

“A ideia é fortalecer os talentos e as capacidades dos indígenas para serem empreendedores criativos em prol de suas culturas e também para se posicionarem melhor na concepção da sustentabilidade cultural e financeira de suas comunidades” comenta Sebastián Gerlic, um dos coordenadores do projeto.

“Três oficineiros e facilitadores são convidados para esta semana e junto aos indígenas irão desenvolver oficinas de artes e contação de histórias. Tudo isso visando despertar o potencial artístico de cada participante e também o fortalecimento e valorização da própria história indígena” acrescenta Fernanda Martins, também coordenadora da iniciativa.

O quê: I Encontro do projeto “Livros Digitais Indígenas”.
Quem: ONG Thydêwá, com o apoio da UNESCO, e a parceria do Ministério da Cultura.
Quando: 11 a 15 de abril de 2014.
Onde: Sede do Pontão Esperança da Terra (Thydêwá), em Olivença, Ilhéus (BA).
Sugestões de fonte: fernanda@thydewa.org – Fernanda Martins (jornalista coordenadora do Projeto), contatos@thydewa.org – Sebastián Gerlic (presidente da Thydêwá). 73-3269-1970, www.thydewa.org

Indigenous young people produce digital books

 

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Sixteen young men and women of eight indigenous communities in the Northeast of Brazil will gather to learn, to create and to manage their own creative business. This is the first entrepreneurship ever chosen to happen collectively. The initiative is to produce a collection of digital books about indigenous peoples written and published by them. Two e-books will be launched in four languages and they will be available for sale in the main bookstores on the internet.

The meeting will take place at the NGO Thydêwá, in Olivença, Ilhéus, Bahia State (Brazil), from 11 to 15 April. This meeting is part of the Indigenous Digital Books Project, whose author is Thydêwá. It is sponsored by the International Fund for Cultural Diversity (IFCD) of the 2005 UNESCO Convention on the Protection and Promotion of the Diversity of Cultural Expressions.

This will be the first of three 40-hour sessions that, in addition to the distance work done in the communities, has the objective to publish the e-books in Portuguese, French, English and Spanish by the end of 2014; there will also be some contents available for free. The Project will also encourage other entrepreneurships of Creative and Solidary Economy created by indigenous youth. The Project integrates actions of the Indigenous Culture of the Northeast Network – Messages of the Earth (Rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste – Mensagens da Terra), which initiated its activities in March 2014 and counts with the partnership of the Ministry of Culture in Brazil.

“The idea is to strengthen the talents and abilities of indigenous individuals to become creative entrepreneurs in favour of their cultures and to better place the concept of cultural and financial sustainability of their communities,” says Sebastián Gerlic, one of the Project’s coordinators.

“Three workshop men and facilitators have been invited to participate in this week’s meeting; they will develop workshops on Arts and Storytelling. The intention is to awaken the artistic potential of each participant, as well as strengthening and valuing the history of the indigenous peoples,” adds Fernanda Martins, also one of the initiative’s coordinators.

Service:

What: I Encontro do Projeto Livros Digitais Indígenas (1st Meeting of the Indigenous Digital Books Project).
Who: NGO Thydêwá, in cooperation with UNESCO, and in partnership with the Ministry of Culture in Brazil.
When: 11 to 15 April, 2014.
Where: Headquarters of Pontão Esperança da Terra (Thydêwá), Olivença, Ilhéus, Bahia State, Brazil.

Contacts:

fernanda(at)thydewa.org – Fernanda Martins (Journalist and Project’s Coordinator);
contatos(at)thydewa.org – Sebastián Gerlic (President of Thydêwá). Tel.: (55 73) 3269-1970, website: www.thydewa.org

Publicado em: http://www.unesco.org/new/en/brasilia/about-this-office/single-view/news/indigenous_young_people_produce_digital_books/#.U0MTB3EQQms